segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Sobre o Augusto pensamento



Quando leio Augusto dos Anjos,
Perco o medo do escuro,
Vem-me à boca um gosto obscuro,
De um afogado a tomar banho.

Esse incomum estado estranho
Do corpo excitado no alerta,
Faz cuspir o infame esperma,
Se regozijando em novo ganho.

Mantendo a face em baixo d'água,
Vem-me a profunda reflexão n'alma,
A tal dopamina foi-me embora,

Lá fora a chuva a soprar o vento,
E dentro D'agua me livro do tormento,
Parto então para banhar lá fora.



Gozei esse soneto após um banho de chuva e uma bronha.

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