domingo, 2 de junho de 2024

Soneto - Panificadora

Resolvi escrever um Soneto,
Chamei-o de Panificadora,
Para falar dos desassossegos,
Que me causa Fernando Pessoa.

Escreveu ele Tabacaria,
Escrevo eu Panificadora,
No café sutil das hiperestesias,
A alucinação me aperfeiçoa.

Fumo, sento-me na praça a tarde,
E pelo espelho da modernidade,
Vejo girar a alma dos carros,

Ali sinto que Augusto dos Anjos,
Pessoa, Euclides e outros tantos,
Viram Deus na fumaça de um cigarro.

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